Percebemos no decorrer da leitura deste livro, que o Diogo não procurou transformar, mudar e questionar os lugares, os modos e as circunstâncias. Simplesmente moldou-se, adaptou-se. Não resistiu, foi resiliente. Viveu as circunstâncias, viveu-se a si próprio a cada momento, não separando o “eu” da experiência do lugar, das pessoas e das terras.
E é neste sentido, amplo, que vemos a sua ligação à Regeneração.
Procurou o seu próprio equilíbrio, deu espaço para o entendimento de si próprio em relação com as gentes, da sua resiliência face às circunstâncias, da sua relação com os lugares, do potencial das comunidades onde viveu e trabalhou e, ainda, da sua sensibilidade para notar a evolução dos sistemas vivos.
Talvez não seja por acaso que se refere no livro 230 vezes ao Sol, 161 vezes à Água, 115 vezes à Terra e 78 vezes ao Sonho.
Da visão genérica deste livro, e em particular da viagem, percebe-se que está presente uma sensibilidade fina, uma forte capacidade de se ligar ao ser humano desconhecido e, por outro lado, uma sensibilidade poética e humana, várias vezes observável nas suas descrições.
Trazemos este livro à vida, com alegria e com a esperança de que o contagie na vivência e na promoção de um turismo que cura os lugares, as pessoas e as vastas relações entre todos os seres vivos.
Diogo Campos, é mais do que Engenheiro do Ambiente e Mestre em Gestão de Sistemas Ambientais, é claramente um contador de histórias!
Foi consultor ambiental e empresário, até que se deu uma “explosão interior” que o fez decidir viajar para a América do Sul, apenas com bilhete de ida. Viveu uma experiência inesquecível, mas o mais extraordinário nesta viagem, foi o nascer de um outro sonho, que está agora a viver e a construir conjuntamente com a Susana, a sua companheira.
Em 2021 cumpriram o novo sonho – viver em Portugal no Litoral Alentejano, numa quinta em que pratica a agricultura biológica e regenerativa, a que denominam de TERRAPÃ. É neste ambiente que imaginou, que vê agora crescer os seus filhos.